Mostrando postagens com marcador mídia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mídia. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, abril 05, 2010

"PRESTE ATENÇÃO"

Depois de terminar a leitura de uma entrevista feita pelo "jornal" O Estado de São Paulo com a candidata Dilma Rousseff me deparo com a frase "PRESTE ATENÇÃO" e abaixo uma espécie de análise interpretativa do que foi dito na entrevista:


"PRESTE ATENÇÃO
Mensalão
A ex-ministra afirma que o debate ético não assusta o PT, mas, no primeiro mandato do presidente Lula, o partido foi abalado por um dos maiores escândalos da história republicana, o caso do mensalão. Quarenta pessoas foram denunciados ao STF, entre elas os principais dirigentes petistas à época, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da legenda José Genoino.
Sanguessugas
A Operação Sanguessuga, lançada pela PF em 2006, revelou que as fraudes nas licitações na saúde começaram em 2001, na gestão do então ministro José Serra. O PT e o atual governo, no entanto, ficaram constrangidos quando a própria CGU revelou que em 2004 havia alertado o então ministro Humberto Costa, sobre a existência da máfia. Costa só se pronunciou sobre o caso quando a PF estourou com estardalhaço o esquema. A CPI instalada para investigar as denúncias pediu a cassação de 64 parlamentares aliados do governo Lula e oito da oposição.
Saúde
Quanto à política de saúde, o próprio presidente Lula reconhece em conversas internas que se trata de um ponto fraco de seu governo. Desde o primeiro mandato, ele se queixa dos ministros que ocuparam a pasta durante seus dois mandatos: Humberto Costa, Saraiva Felipe e José Gomes Temporão. Ameaçado de perder o cargo no ano passado, Temporão raramente é convidado pelo presidente para eventos pelo País. Na avaliação de Lula, o ministro - apadrinhado pelo governador do Rio. Sérgio Cabral (PMDB) - não conseguiu construir uma marca forte no setor.
Educação
Nos palanques, Lula gosta de dizer que foi o presidente que mais construiu escolas técnicas e universidades. A educação no Brasil, porém, pouco mudou. Em 2001, o presidente FHC vetou o trecho do Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Congresso, que previa investimento de 7% do PIB no setor. Lula nada fez para derrubar o veto. Estima-se que os gastos das três esferas de governo na área sejam de cerca de 5%. O Unicef recomenda investimento de 8%. Houve, nas estatísticas oficiais, ligeiro aumento nos gastos em educação, de 3,9% no final do governo FHC para 4,6% em 2008."
Isso só tinha visto em folheto de missa. Patrulhar a opinião dos leitores é no mínimo contraditório para um "jornal" que na sua capa diariamente conta a quantos dias está sob censura!
O rebanho, contudo, se forma com essa "imensa" massa de comentaristas que esbanjam seu status cultural elevado de leitores da veja, do reinaldo azevedo, do noblat. É um festival de anti-petismo, uma espécie muito particular de reacionarismo saudosista da Redentora.
E por falar nessa "dama" dos anos sessenta... ... o ódio existe sim, a revanche, existe sim, mas estão no peito dos torturadores e seus defensorores. Peitos que abrigam também a essência da covardia.
Para eles, nada é mais temível que a verdade e a democracia: um direito à verdade e à memória.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Blogs do Norte

Excelente matéria na Época trata da liberdade de expressão e de comunicação em alguns estados do norte do Brasil.
Dá gosto de ler algo assim tão raro no jornalismo dos dias atuais, quase completamente ocupado com crises, escândalos, cpi's e outros tipos de fofocas.
Para ler, clique aqui.

domingo, agosto 30, 2009

A "cabana" do Belchior



Tem que rir pra não chorar. Não bastasse a presepada do fantástico ao dar por desaparecido o compositor Belchior, o Ultimo Segundo publica que ele está morando numa cabana no Uruguay. Ao ler o título da matéria fiquei imaginando algo como uma casinha de sapé, ou um quiosque com paredes, ou até mesmo aquelas cabanas dos filmes de faroeste da sessão da tarde da década de 70-80. A essa altura a imagem de Belchior que guardava na memória se transformava em uma espécie de hippie ou de um apache. Li novamente o título e me lembrei que no Uruguai e Argentina existe uma palavra muito semelhante a cabana, cabaña. Pronto, o falso cognato poderia desfazer a confusão no meu imaginário. Consultado o dicionário da Real Academia de España (está disponível on line) encontrei no seu sétimo significado a confirmação da minha hipótese: cabaña. (Del lat. capanna, choza, de capĕre, caber). 1. f. Construcción rústica pequeña y tosca, de materiales pobres, generalmente palos entretejidos con cañas, y cubierta de ramas, destinada a refugio o vivienda de pastores, pescadores y gente humilde. 2. f. Conjunto de los ganados de una hacienda, región, país, etc. 3. f. Recua de caballerías que se emplea en portear granos. 4. f. En el juego de billar, espacio dividido por una raya a la cabecera de la mesa, desde el cual juega el que tiene bola en mano. 5. f. Pint. Cuadro en que hay pintadas cabañas de pastores con aves y animales domésticos. 6. f. Am. Casa pequeña de una sola planta que se suele construir en parajes destinados al descanso. 7. f. Arg. y Ur. Establecimiento rural destinado a la cría de ganado de raza. ~ real. 1. f. Conjunto de ganado trashumante propio de los ganaderos que componían el Concejo de la Mesta. Alguns podem achar que se trata de um erro banal, corriqueiro. Não sei. Se fosse um caso isolado, ainda vá. Mas esses e outros erros são tão freqüentes no jornalismo brasileiro atual (grande mídia que quer ser "A" opinião pública) que não dá pra tolerar. Fico pensando que erros grosseiros como esses podem ser percebidos e criticados pelos leitores, mas os mais refinados podem muito bem passar em branco e se tornarem "grandes verdades". Afinal de contas, o que é só um errinho?

quinta-feira, maio 21, 2009

Conferência Nacional de Comunicação

Reproduzo aqui uma postagem do blog do Luis Nassif:

"Por Marco Antônio P. N. Sênior

NASSIF,

Eis um assunto a ser discutido
em seu BLOG:

CONCESSÕES DE RÁDIO & TV
Pela máxima dispersão da propriedade
Por Venício A. de Lima em 19/5/2009

Um dos resultados positivos da frustrada tentativa da FCC (Comissão Federal de Comunicações, na sigla em inglês) de “flexibilizar” normas restritivas à propriedade cruzada da mídia (jornal, rádio e televisão), que se seguiu à onda de privatizações das telecomunicações nos Estados Unidos, foi não só a articulação da sociedade civil contra essas medidas mas, também, o surgimento de sólidos estudos que justificaram a permanência das restrições.
O renomado professor de Direito da Universidade da Pennsylvania, C. Edwin Baker, especialista na Primeira Emenda da Constituição dos EUA, por exemplo, publicou em 2007 (Cambridge University Press), o livro Media Concentration and Democracy - Why Ownership Matters (Concentração na mídia e democracia - Por que a propriedade é importante). Entre outros argumentos, Baker defende vigorosamente o princípio da máxima dispersão da propriedade (maximum dispersal of ownership). Ele demonstra que quanto maior for número de “controladores” dos meios de comunicação, isto é, quanto mais estiver distribuído o poder de comunicar, melhor servida será a democracia. Na verdade, mais “controladores” significa a possibilidade do exercício da liberdade de expressão por um número maior de cidadãos."

Para ler todo conteúdo, clique aqui

segunda-feira, abril 21, 2008

"Os Jornalistas" - uma série



"A Imprensa, como a mulher, é admirável e sublime quando conta uma mentira. Não o deixa em paz até tê-lo forçado a acreditar nela, e emprega as melhores qualidades nesta luta onde o público, tão tolo quanto um marido, sucumbe sempre"
Balzac



A idéia de publicar esta série surgiu antes do caso Isabella e a exploração midiática da tragédia acontecida em São Paulo.
Por acaso vi o livro "Os Jornalistas" na estante de uma biblioteca e ao folheá-lo me interessou bastante o estilo utilizado por Honoré de Balzac para tratar do papel da imprensa nos nossos dias.
Vou apresentá-lo em capítulos, nem sempre seguindo a ordem do livro. Mas sempre fiel ao conteúdo e à tradução. Todavia, não poderei publicar as notas do Editor, do tradutor e do autor.


" Monografia da Imprensa Parisiense AVISO AOS FALSIFICADORES A ordem GENDELETTRE (como Gendarme) tendo se constituído em sociedade para defender suas propriedades, era normal que acontecesse aquilo que acontece na França com muitas instituições, uma antítese entre o objetivo e os resultados: as propriedades literárias são mais pilhadas do que nunca. E, como a Bélgica está tanto na França quanto em Bruxelas, somos forçados, nós editores, a inda sob o império do direito comum, a declarar inocentemente:
Que a MONOGRAFIA DA IMPRENSA PARISIENSE nos pertence,

Que o registro foi feito em conformidade com as leis,
Que toda publicação desta obra será processada, visto que a reprodução está proibida, como necessário, em nome do autor.

Ouvimos Victor Hugo exprimindo, parafraseando, com a eloqüência que lhe é própria, um belo pensamento que nos aventuramos a traduzir assim:

A França tem duas faces. Eminentemente militar em tempos de guerra, ela é igualmente poderosa em tempos de paz por suas idéias. A Pluma e a Espada, estas são as suas duas armas favoritas. A França é inventiva, porque tem genialidade; é artista, porque a Arte é o complemento das Letras; é comerciante, manufatureira, agrícola, porque uma nação deve produzir como uma lagarta fia seu casulo; mas, nestes três pontos, ela tem rivais que, no momento, ainda lhe são superiores; mesmo depois de seus exércitos terem lutado durante quinze anos contra o mundo, e enquanto suas idéias lhe dão o governo moral deste mesmo mundo.
Os ingleses têm uma encantadora e proverbial expressão para caracterizar a necessidade em que nós nos encontramos de falar sobre nós mesmos: "Parece", eles dizem, "que a trombeta deste cavalheiro está morta". Victor Hugo falava pela França. Não é infeliz que a incúria do governo atual, em relação às Letras, tenha forçado nosso grande poeta a dizer o que só deveria ser pensado pela Europa? Se a pluma da França possui um tal poder, não seria necessário dar a descrição analítica da Ordem Gendelettre (como Gendarme)?
E, nesta ordem, não seria preciso colocar à frente o Gênero Publicista e o Gênero Crítico, que compõem, juntamente com seus Subgêneros e suas variedades, a Imprensa parisiense, esta terrível potência cuja queda é incessantemente retida por culpa do poder?

Axioma
A imprensa será morta como será morto um povo: dando-lhe a liberdade.

É sobretudo para esta parte deste Tratado do Bímano em sociedade que nós trouxemos a atenção a qual a Zoologia deu às Monografias do Anelídeos, dos Moluscos, dos Entozoários, e que não podia faltar a Espécies Morais tão curiosas. Nós esperamos que as nações estrangeiras venha a ter algum prazer lendo esta porção de História Natural Social à qual uma ilustração vigorosa dá todo o mérito da iconografia.

CARÁTERES GERAIS - O principal caráter destes dois gêneros é não ter nenhum caráter. Os indivíduos que pertencem ao Subgênero do Publicista de carteira (faça como o governo, olhe mais para baixo), que deveriam ter um caráter qualquer, não têm como oferecer a menor aparência; por que então eles não se enquadrariam essencialmente dentro das condições da política francesa, que escapa a todas as definições, e se entrega à filosofia através de contínuas ausências de sentido. Pode-se perceber, porém, alguns indivíduos que, escrevendo sempre a mesma coisa, repetindo o mesmo artigo - por impossibilidade, aliás, de encontrar um outro -, passam por ter caráter; mas são evidentemente uns maníacos cuja loucura sem perigo insensibiliza o assinante-confiante e alegra o assinante-espírito forte. Se os estrangeros se admiram com este defeito, eles devem ter em conta o espírito nacional que exige uma mobilidade tão grande entre os Homens quanto nas Instituições. O público, na França, acha aborrecidas as pessoas com convicções, e acusa as pessoas com mobilidade de não terem caráter. Este dilema, perpetuamente dirigido contra os indivíduos destes dois Gêneros, torna sua posição extremamente crítica. Quando um escritor espirituoso vai, como uma mosca lasciva, de jornal em jornal, que seja alternadamente monarquista, ministerial, liberal, reministerial, e continue a escrever secretamente em todos os jornais, vai-se dizer dele: 'É um homem sem consistência!' Quando um escritor se faz de marido enganado liberal, marido enganado humanitário, marido enganado de oposição, e não varia seu tema, diz-se dele: 'É um homem tedioso.' Assim, o indivíduo mais espiritual é o Nadólogo e o Escritor monobíblia. Estas duas Variedades evitam os perigos do dilema tornando-se ilegíveis. (Olhe como o governo, cada vez mais para baixo.)
Em relação ao aspecto físico, estes indivíduos em geral não têm beleza, apesar de encomendarem para si próprios imagens de bustos notáveis com a ajuda da litografia, gesso, estatuetas e falsos topetes. Quase todos são destituídos desta polidez que os escritores do século XVIII deviam a seu comércio com os salões onde eram festejados. Eles vivem isolados, separados por suas pretensões, e se conhecem pouco entre si, tanto eles têm medo de ter más consciências. Esta vida solitária não impede todos os indivíduos de exercerem sua inveja em relação à posição, ao talento, à fortuna e às vantagens pessoais de seus confrades, de forma que sua feroz mania de igualdade vem precisamente do fato de que eles reconhecem entre eles as mais contundentes desigualdades." (continua...)

* Na imagem: O nascimento de Vênus - Sandro Botticelli.

sexta-feira, março 21, 2008

Editorial do IG sobre a expulsão de PHA

Reproduzo o Editorial do portal IG sobre a "descontinuidade" do contrato com o jornalista Paulo Henrique Amorim.

"Editorial

Sobre a saída de Paulo Henrique Amorim do iG


Na tarde de terça-feira (18/3/08), o iG descontinuou o contrato com o jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada.

Com o passar do tempo, os custos do contrato e as condições de mercado tornaram inviável a sua manutenção. Tomada a decisão, todas as condições rescisórias foram atendidas e o jornalista devidamente indenizado.

Aos funcionários do Conversa Afiada, presentes na sede do iG no momento em que foi despachada a notificação de rescisão e retirado da rede o site, foi facultada a possibilidade de levar embora os materiais necessários, mas não o fizeram.

Paulo Henrique Amorim preferiu agir sob força de um mandado de busca e apreensão para retirar seus pertences e copiar o arquivo do seu site, o que poderia ter feito sem precisar de recurso judicial.

Descontinuar colaborações faz parte da vida das empresas e da vida dos jornalistas. O próprio Paulo Henrique já passou por empresas como a Editora Abril, Jornal do Brasil, TV Globo, TV Bandeirantes, TV Cultura e UOL. Suas colaborações, evidentemente, cessaram quando ele partiu. Não podia ser diferente no iG.

O iG não abre mão da sua independência e da necessidade de manter-se uma empresa equilibrada e saudável.

O iG segue firme na determinação de ser um portal que aposta na pluralidade de opiniões, no respeito à liberdade de expressão e no protagonismo dos internautas.


Caio Túlio Costa
Diretor Presidente do iG"

Curioso...

o IG descontinuou o contrato.
Sinceramente, nunca havia visto esta expressão. A palavra usada para tal situação é rescisão unilateral de contrato com pagamento de indenização para a outra parte. É muito eufemismo pra minha cabeça... ... vou descontinuar a escrever sobre este editorial.

segunda-feira, março 17, 2008

O Caso Veja



Série de reportagens sobre o semanário mais vendido do Brasil (em ambos os sentidos).
Clique no banner e conheça o caso.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Partido da Imprensa - PI

A articulação entre diferentes meios de comunicação na cobertura de alguns eventos políticos recentes, realmente faz por merecer a denominação de "partido", cunhada pelo deputado do PT/PE, Fernando Ferro. O assunto está ganhando destaque em inúmeros blogs e sítios em virtude do comportamento, digamos assim, "tendencioso" de grande parte da mídia brasileira nos últimos meses (ou anos). Na verdade, nem sei se o período é tão pequeno (últimos anos) ou se agora o comportamento está mais contundente e declarado. Sei lá... O que sei é que o pronunciamento do deputado Ferro (PT/PE) criticando a cobertura da imprensa sobre o mensalão do PSDB (que para a mídia não é do PSDB, é o mensalão mineiro) e indicando a partidarização da mídia brasileira merece nota. Ainda de acordo com o deputado, o PI já teria até nomes para o seu Diretório Nacional - Presidente: Arnaldo Jabor (GLOBO/CBN); Secretaria-Geral: Miriam Leitão (GLOBO/CBN) e Tesouraria: Diogo Mainardi (GLOBO/VEJA).
Sugiro então que possamos completar os cargos da direção do tal Partido. De cara, indico o nome da Lúcia Hipólito (CBN) para 1a. Vice-Presidência.
Abaixo, a reprodução de um trecho do pronunciamento do deputado Fernando Ferro:
“Entendo que a imprensa não pode assumir a postura política de oposição ao Partido dos Trabalhadores, ao Governo. Essa situação reflete o embate político que estamos vivendo, no qual parte da imprensa assumiu a condição de partido político. Sugiro ao Sr. Arnaldo Jabor que assuma a presidência desse partido, Míriam Leitão, a Secretaria Geral, Diogo Mainardi, a Tesouraria”.
Para maiores informações acessar:
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/455501-456000/455977/455977_1.html


segunda-feira, setembro 17, 2007

E o Renan?!?

Sei que o assunto já foi esgotado na última semana. Aliás, já estava esgotado há muito tempo, mas devo dizer que fiquei realmente surpreso com a absolvição do presidente do Senado. Para mim, Renan já estava condenado, independente do mérito das acusações ou de suas relações com os colegas de Parlamento. Era uma questão óbvia, ululante até (sem trocadilhos), depois dos quase 3 meses de exposição do assunto na mídia. Mais ainda, a exposição não foi em qualquer mídia. Pelo contrário, Globo e Veja (com o extraordinário alcance que possuem na classe média e a primeira em todas as classes) fizeram campanha abertamente pela condenação de Renan Calheiros (PMDB/AL) e, mesmo assim, o plenário do Senado absolveu seu presidente.
Da votação, algumas preciosidades: Mercadante (PT/SP) e suas explicações sobre a abstenção (poderia ter ficado calado, já que o voto foi secreto); STF com a autorização para deputados presenciarem a sessão secreta (?!?); A "arma de choque" do segurança do Senado que caiu no chão e ficou disparando raios; a Folha de São Paulo com sua lista de 41 votos favoráveis à cassação (com o nome dos senadores votantes) que circulou no dia da votação (lembrar que foram apenas 35 votos favoráveis).
Uma coisa é importante dizer, o tal do Renan é duro na queda. Líder da tropa de choque do Collor, Ministro do FHC e apoiador importante do governo Lula, se fosse o Romário diria: esse é o cara. Nem o ACM foi tão eclético (levando em consideração apenas os governos eleitos diretamente).
OBS: E a Globo, heim? Deve ter feito mais uma reunião de emergência para tentar entender o que aconteceu. Bom, desde a eleição do Lula em 2006 as reuniões para tentar entender o que está acontecendo devem ser freqüentes.

sexta-feira, agosto 17, 2007

O ovo podre da serpente



Um blogueiro do Acre está sendo processado por ter publicado uma foto do perfil do orkut de uma pessoa que se denominava Maromba Júnior (MJ).

A imagem em questão mostra o MJ montado na estátua do poeta acreano Juvenal Antunes. Outras estátuas como essa existem em várias cidades do mundo: Fernando Pessoa (Lisboa), Carlos Drumond de Andrade (Copacabana, Rio - clique aqui para ver outras no Rio.).

A questão parece bastante controvertida, pois o judiciário e o ministério público acreano não mediram esforços para punir o blogueiro (clique aqui), tendo em vista que MJ burlou as regras do orkut (o site exige que os participantes sejam maiores de 18 anos de idade) e lá publicou suas aventuras adolescentes para cerca de 67 milhões de assintes do site de relacionamento global.

Pelo que se sabe, até o momento, as autoridades forenses não trataram dos atos praticados pelo adolescente. Por que será?

Outras atitudes como essa já foram objeto de debate em blogs e várias imagens foram disponibilizadas no youtube (clique aqui para ver os ovos de ipanema).

O atual Presidente de Philips no Brasil também deu a sua contribuição "oval" ao declarar em uma entrevista ao Jornal Valor Econômico que: "não se pode pensar que o país é um Piauí" e que "se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado" (clique aqui para saber mais).

Qualquer um de nós já aprontou as suas, seja na infância, na adolescência, ou mesmo na "adultescência". Agora, não é a irresponsabilidade de alguns momentos que torna a conduta irresponsável legítima. E o espaço privado não pode ser confundido com o espaço público.

O que há em comum entre essas manifestações é o odor, podre e fétido, de condutas que ao serem publicizadas não podem passar imunes à crítica e à reprovação, sob pena de um dia o ovo podre se tornar serpente.

sábado, junho 02, 2007

O caso da não renovação da concessão da RCTV na Venezuela

A repercussão na mídia nacional e internacional da não renovação da concessão do canal venezuelano de televisão RCTV levantou um debate extremamente importante sobre a liberdade de informação.
O jornalista Luís Nassif foi muito feliz em duas postagens sobre o tema no seu blog, que reproduzo algumas partes abaixo para instigar os internautas:
Chavez e a RCTV
"A dificuldade de escrever sobre Hugo Chavez e a não renovação da concessão da RCTV é a ausência de fontes confiáveis.
Vamos analisar, primeiro, em tese.
Dentre todos os quatro poderes, o mais ágil, o mais influente é a mídia, porque ajuda a moldar consciências, a controlar as informações (e, por conseqüência, a capacidade de julgamento da opinião pública). Daí a importância de se ter uma mídia plural, objetiva, técnica e democrática. É o que a legitima como fiscal dos demais poderes.
A partir do momento em que abre mão de seu papel mediador, instrumentaliza as denúncias com o objetivo de derrubar presidentes, o jogo é outro. Na América Latina, após a redemocratização a imprensa conseguiu derrubar diversos presidentes, dentre os quais Andrés Perez, na Venezuela, e Fernando Collor no Brasil. Tornou-se poder maior, e com apetite para investir sobre os demais poderes, inclusive derrubando mais presidentes. As tentativas contra FHC e, mais agudamente, contra Lula, são exemplos recentes. "
Clique aqui para ler toda a postagem.

Chavez e a RCTV 2 - 01/06/2007 - 10h30

"Mais de 80 comentários sobre a nota do “Chaves e a RCTV”, vamos ver o que aprendi com o argumentos de vocês.
O ponto central é que nas democracias não pode haver o poder absoluto, de nenhuma das partes.
Há que existir limites entre os poderes, o tal sistema de pesos e contra-pesos intrínseco ao regime democrático.
A mídia não representa o direito de opinião, que é um conceito que transcende os veículos. Quando se tem um quadro de concentração no mercado de opinião, e a mídia abre mão da pluralidade e do contraditório, do direito de defesa dos acusados ou da objetividade jornalística, investe contra os pilares da própria legitimidade jornalística. E se torna vulnerável, se suicida.
Se é verdade que o tal canal chegou a propor abertamente o assassinato do presidente da República, é evidente que cometeu um crime. Em qualquer país democrático, no próprio EUA, provavelmente essa emissora estaria fora do ar. A questão são os procedimentos. Como não existe democracia aprimorada na Venezuela e em muitos países latino-americanos, o ato de Chavez foi individual. E aí mora o perigo."
Clique aqui para ler a postagem completa.